Brasil Maior também para as telecomunicações! Se o coelho da Páscoa trouxe inspiração para a presidente Dilma lançar as primeiras idéias do chamado Plano Brasil Maior para desenvolver a indústria e o mercado nacionais para enfrentar os desafios do mundo globalizado, esqueceu-se de lhe falar o setor de telecomunicações, tão ou mais importante do que a indústria automobilística para economias como a nossa. Se o foco é desenvolver o “chão de fábrica” como dizem os empresários, dar oportunidades de emprego, gerar inovação tecnológica, e livrar o país de dependências financeiro/produtivo, o mercado de telecomunicações enfrenta o mesmo desafio e apresenta uma demanda de maior atenção por parte do Governo Federal. Não há, hoje, uma política específica para o setor, que defina uma reserva de mercado ou um mínimo comprometimento das operadoras e suas prestadoras de serviço na obtenção de peças, aparelhos e equipamentos em geral – insumos em seus produtos – de origem genuinamente nacional. Sabemos que há uma festa de importações, sem nenhum controle ou regulamentação, que frustram e atacam a indústria brasileira que atua nesta área e, consequentemente, prejudica todo este mercado de trabalho e precarizando qualidade e quantidade do que é produzido aqui dentro. Além disso, é de conhecimento público que os governos são os que mais taxam e agravam os preços altos cobrados hoje pela transmissão de dados, banda larga e telefonia fixa e móvel. Estima-se que, entre governos nas três escalas – municipal, estadual e federal, elevem em quase 40% as tarifas cobradas dos usuários das em geral no País. Por isso, quando a presidente Dilma apresenta um projeto inicial de potencialização da nossa economia para enfrentar as dificuldades econômicas do mundo, deixar um setor tão sensível como o de “Telecom” é deixar de lado uma fatia significativa do mercado e deixar que os chineses e “tigres” em geral comandem o show de importações do Brasil e continue agredindo a nossa economia com preços tão saborosos e de qualidade nem sempre garantida. É neste sentido que o Sinttel-SC traz este lembrança e cobra das autoridades em Brasília, solicitando um empenho de mesmo valor que se dá neste instante às montadoras e outros setores importantes da economia. A direção do Sinttel-SC, aqui de Santa Catarina, haverá de levar esta bandeira as suas entidades superiores – Fenattel e UGT, para que exijam do Congresso e do Planalto a avaliação desta nossa observação oportuna de valorização dos trabalhadores e de todo o setor produtivo de telecomunicações. Sergio Domingues da Silva Presidente do Sinttel-SC
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