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LER & DORT – CUIDADO COM ELAS!

LER  (LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO)

DORT (DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO)

 

A ocorrência dos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao trabalho ou simplesmente D.O.R.T, vem se expandindo de uma maneira temerosa apesar dos casos ainda serem proporcionalmente pouco notificados.

Atualmente, a expansão desta síndrome adquire as características de uma verdadeira epidemia mesmo quando nos referimos apenas aos dados oficiais lançados.

As doenças decorrentes das situações de risco mencionadas podem se manifestar isoladamente ou associadas, entre si ou com outras doenças.

As L.E.R.-D.O.R.T., de acordo com a localização de incidência e as partes afetadas, classificam-se basicamente em: Tenossinovite: :evidencia-se por inflamações dos tecidos sinoviais que recobrem os tendões em sua passagem pelos túneis fibrosos dos ossos. É subdividida em:

Tenossinovite de De Quervain: é decorrente do espessamento do ligamento anular do carpo na parte em que passam os tendões que flexionam e esticam o polegar. O processo inflamatório do local atingem os tecidos sinoviais e tecidos próprios dos tendões desde a base do osso rádio do antebraço até o polegar podendo inativar tanto o seu funcionamento como o do punho.

Tenossinovite dos Extensores dos Dedos: é a inflamação aguda ou crônica dos tendões extensores (que esticam) dos dedos e das bainhas que os recobrem, ocasionando dor no local.

Tendinite do Supra Espinhoso: é a inflamação do tendão do músculo em torno da articulação do ombro; decorre principalmente de atividades repetitivas do braço e de exercício muscular excessivo, sintomas de sensação de peso até‚ dor violenta no local.

Epicondilite: caracterizada por ruptura ou estiramento nos pontos de inserção (membranas interósseas) do cotovelo ocasionando processo inflamatório que atinge tendões, músculos e respectivos tecidos que o recobrem.

AS CLASSIFICAÇÕES DE LER E DORT

Ainda existem outros tipos de classificação de L.E.R. – D.0.R.T. Sao eles:

Tendinite Bicipal; Síndrome do Túnel do Carpo; Cistos Sinoviais; Bursites; Dedo em Gatilho; Síndrome do Desfiladeiro Torácico; Síndrome do Pronador Redondo; além de outras lesões como a Síndrome Álgica Miofacial e Distrofias Simpático-Reflexas.

Os sintomas que evidenciam as afecções delineiam os níveis de estágio da L.E.R.-D.O.R.T.
A displicência nas medidas de prevenção e segurança pode levar a seguinte evolução:

GRAU I : sensação de peso e desconforto com pontadas ocasionais, havendo melhora com repouso; embora a dor seja leve e fugaz, toda mobilização deve ocorrer para uma boa expectativa de recuperação.

GRAU II: A dor mais intensa com sensação de formigamento e calor, manifestação de dor inclusive nas tarefas domésticas com leve atenuação no repouso; sente-se nesta fase um decréscimo produtivo com riscos de permanência no emprego; visto que a produtividade é um dos fatores preponderantes na avaliação do desempenho dos trabalhadores. A expectativa de recuperação ainda razoável.

GRAU III: Dor forte persistindo ainda com repouso; perda da força muscular, com tarefas domésticas executadas ao mínimo. Neste estágio a eletromiografia pode estar alterada. Reservas quanto à recuperação.

GRAU IV: Dor às vezes insuportável, perda da força e dos controles musculares; invalidez para qualquer tarefa produtiva, depressão, angústia e perda de produtividade.Expectativa sombria quando não for até negativa de recuperação.

ALGUNS EXERCÍCIOS FÁCEIS PARA SE EVITAR LER/DORT:

COMO A L.E.R.- D.O.R.T COSTUMAM EVOLUIR?

É comum os pacientes relatarem que no início começam a sentir cansaço maior do que o costumeiro durante a jornada de trabalho e sensação de desconforto, ou mesmo "pulso aberto".

Essas sensações, no princípio, passam após transcorrida a jornada de trabalho, e o repouso noturno é suficiente para que os pacientes sintam-se restabelecidos. Depois de algum tempo, começam a perceber que já acordam cansados e com sensação de dor indefinida e peso nos membros superiores e pescoço.

A dor vai acentuando-se e passa a persistir mesmo em casa, incomodando nos moment
os de repouso e até mesmo durante o sono. Muitas vezes acontece o inchaço ou aumento do volume dos membros superiores, além do formigamento e sensação de choque.

O quadro vai piorando até que o trabalhador não consegue mais dar a produção exigida nem manter as atividades do dia-a-dia em casa.

É extremamente importante identificar a doença quando ela ainda está no início, para que a recuperação possa ser completa. Por isso, ao perceber os primeiros sintomas, mesmo que ainda não haja impedimento de trabalhar, deve-se procurar a orientação de um profissional de saúde.

QUAL É O VALOR DOS EXAMES

SUBSIDIÁRIOS OU COMPLEMENTARES?

Radiografias, eletroneuromiografias, ultrassonografias, ressonâncias magnéticas, exames de sangue, etc.
Não há exame que comprove a existência da L.E.R.-D.O.R.T.

O diagnóstico deve ser feito à luz da análise dos aspectos clínicos, de exame físico, das condições de trabalho e de casos semelhantes na mesma empresa.

Como em qualquer outro caso, os exames subsidiários ou complementares devem ser indicados com critério e não de forma indiscriminada, como tem acontecido. Assim, não é para qualquer paciente com L.E.R.-D.O.R.T. que se pede eletroneuromiografia, por exemplo.

O mesmo vale para outros exames. Isto para não falarmos de exames extremamente sofisticados, como por exemplo, ressonância magnética, que não deve ser realizado como rotina, pois na esmagadora maioria dos casos de L.E.R.-D.O.R.T. não acrescenta nenhum dado novo que não pudesse ser detectado anteriormente por outros métodos.

Infelizmente, há uma febre de exames complementares sem necessidade. Médicos solicitam de maneira indiscriminada e sem necessidade vários exames complementares, ocorrendo a mesma coisa com peritos judiciais.

Via de regra, chega-se ao cúmulo de negar-se o diagnóstico de L.E.R.-D.O.R.T quando os exames complementares resultam negativos. Um exemplo é elucidativo: a síndrome do túnel do carpo ( compressão de nervo periférico) geralmente é evidenciada na eletroneuromiografia. Ela pode ser L.E.R.-D.O.R.T., mas não necessariamente.

Pessoas que nunca trabalharam podem ter síndrome do túnel do carpo com eletroneuromiografia positiva, sem ter L.E.R.-D.O.R.T.. Portanto, exame positivo não é sinônimo de L.E.R.-D.O.R.T e deve ser analisado em conjunto com os outros fatores já citados.

Por outro lado, para diagnosticar-se a L.E.R.-D.O.R.T. não é necessário que os exames sejam positivos, ou seja, mesmo com exames negativos ainda é possível estabelecer o diagnóstico de L.E.R.-D.O.R.T.,já que o que se deve buscar é um diagnóstico diferencial (afastar a hipótese de ser outra doença que não a L.E.R.-D.O.R.T.).

Além disso, nenhum diagnóstico é definitivo e o paciente tem o direito de buscar a opinião de outros profissionais até obter um diagnóstico esclarecedor.

POSIÇÃO CORRETA NO COMPUTADOR:

Atenção companheiros e companheiras!

Não deixe a L.E.R – D.O.R.T. dominar seu corpo e sua mente! Procure seu médico de confiança, exponha claramente sua situação e siga suas orientações.

Se comprovada a doença, abra a CAT Comunicação de Acidente de Trabalho e faça o tratamento recomendado.
Em caso de dificuldade ou dúvidas procure o Sindicato!

Lembre-se!
São os trabalhadores e trabalhadoras que devem ter a iniciativa da prevenção e assim garantir sua saúde e segurança.

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