Acordo emperrado com conversa estranha!
Parece até brincadeira, mas ainda existem gestores e representantes de empresas que desconhecem ou querem ignorar como funcionam historicamente as negociações entre sindicatos e empresas, até que um Acordo Coletivo de Trabalho – ACT seja aprovado e ganhe força de lei.
Infelizmente, estamos diante de mais um caso assim. Já faz algum tempo que o Sinttel-SC está tentando negociar o novo ACT da Empresa Optitel, empresa que opera com a instalação de fibra ótica do Estado/SC, entre outras atividades no Setor de telecomunicações, empregando cerca de 150 Trabalhadores Telefônicos.
Os dirigentes do Sinttel-SC e a Categoria, como sempre fazem e dentro do que manda a Lei, realizaram uma assembleia de formatação e aprovação de Pauta de Reivindicações, a qual foi enviada à Empresa para dar-se início às negociações do novo Acordo, como acontece, tradicionalmente, em toda relação trabalhista no País.
Posteriormente, a Optitel apresentou sua proposta para Acordo, discordando da exclusão do Banco de Horas do ACT, além de outros itens.
No presente momento, o Sinttel-SC tenta negociar com os representantes da Empresa o que entende ser justo e o que os trabalhadores aprovaram na Pauta.
Mostrando intransigência, a Empresa afirmou – através de seu negociador representante, no último dia 4, via e-mail, que “a proposta da Optitel está temporariamente suspensa em virtude de condições financeiras/organizacionais que demandam um planejamento institucional…”
Diante disso, o Sinttel-SC e a Categoria vão realizar assembleias nos locais de trabalho dos companheiros telefônicos da Optitel em SC, e tratar dos encaminhamentos, avaliações e deliberações sobre a proposta da Empresa e os rumos do Acordo Coletivo de Trabalho.
O que estranha muito para nós – dirigentes do Sinttel-SC e toda Categoria, que a Empresa queira interferir na realização das assembleias e “plantar” gente da sua confiança para, quem sabe, dificultar a já tumultuada negociação deste Acordo.
Chama a atenção, inclusive, que o negociador da Optitel se entenda “intermediário” e não representante da Empresa, querendo estender este equívoco aos dirigentes sindicais do Sinttel-SC, representantes legítimos dos trabalhadores. Um Acordo Coletivo de Trabalho se faz entre Sindicato e Empresa, através da negociação de seus representantes e com a aprovação dos trabalhadores em assembleias.
Portanto, o Sinttel-SC e a Categoria não são “intermediários” de ninguém e pretendem realizar este novo Acordo com a Optitel, utilizando os mecanismos normais, tradicionais e legais, através de negociações e deliberações dos trabalhadores, através de assembleias convocadas pelo Sindicato, sem a tutela de ninguém.
A direção do Sinttel-SC e os seus trabalhadores telefônicos representados, há mais de 50 anos, estarão sempre prontos para negociar e fazer reuniões com quem quer que seja, mas jamais se afastarão, sob hipótese alguma, da tarefa que nos foi entregue pela Categoria, de defender os direitos dos Trabalhadores Telefônicos. Para isso, estão prontos para qualquer empreitada ou desafio.
O Sinttel-SC e a Categoria esperam que a Optitel e seus legítimos representantes persigam o que vem sendo desenvolvido nas relações de trabalho no mundo do Movimento Sindical e que este novo Acordo Coletivo de Trabalho seja construído com justiça e normalidade.