Os Sindicatos e a Comissão/Fenattel rejeitaram
as demissões de trabalhadores, motivadas
segundo afirma a Empresa
pelas dificuldades que a Oi enfrenta!
Os dirigentes da Comissão Nacional de Negociação da Fenattel – da qual faz parte o Sinttel-SC, estiveram reunidos com os representantes da Oi, neste últimos ia 14 de novembro/2014, para tratar do novo Acordo Coletivo de Trabalho.
Os representantes da Oi nos garantiram que as demissões já ocorridas foram ocasionadas apenas na redefinição do modelo de vendas (PAP e PAP Empresarial) e de 150 cargos executivos.
Afirmaram, ainda, que a Oi conta com quase 19 mil trabalhadores e este número permanecerá, não havendo nenhum estudo no sentido de redução de quadro de pessoal.
Os gestores da Empresa disseram que os 500 trabalhadores (aproximadamente) que foram demitidos serão “compensados” pela recontratação de quase 500 que virão da Accenture, voltando a internalizar, assim, toda a contabilidade e consertando o erro que foi esta decisão executiva.
Durante a reunião ficou redefinido o cronograma de negociação. Além desta reunião haverá uma outra no próximo dia 20 de novembro (mesmo sendo feriado em diversos locais). Ficou definida a data para a reunião final, nos dias 27 e 28 de novembro/2014, na qual espera-se que haja o fechamento desta negociação.
Na sequência, foi apresentada uma contraproposta à Pauta de Reivindicações da Comissão/Fenattel, dividida em três partes: a primeira, a respeito do pessoal da lojas; a segunda, sobre a jornada trabalho; e a terceira, sobre o Acordo Coletivo da Oi.
Com relação às Lojas (que são cerca de 2.000 trabalhadores espalhados em quase todo país) a contraproposta da Oi é a seguinte:
– Reajuste salarial de 5,5% em dezembro;
– Auxílio-creche passaria a R$ 185;
– Tíquete iria a R$ 18,50;
– Auxílio-medicamento iria a R$ 316,50;
– Vigência de 2 anos do ACT.
– No que diz respeito à Jornada de Trabalho, a contraproposta é de manter o Acordo atual. Para o pessoal da chamada Planta Interna (que foram internalizados no ano passado em sua maioria com 44h), a contraproposta é só igualá-los aos demais trabalhadores da Oi (ou seja, 40 horas semanais) em 01/01/2016.
No Acordo da Oi, a contraproposta da Empresa ficaria assim:
– Reajustar os salários até R$ 5.000,00 em 5,5%, acima disto um valor fixo de R$ 275,00;
– Tíquete de R$ 26,90;
– Auxílio-creche de R$ 390,00;
– Auxílio-medicamento iria a R$ 1.100,00;
– Tudo valendo a partir de 01/01/2015.
Diante dos números apresentados, a Comissão/Fenattel – de pronto – rejeitou a contraproposta indecente apresentada. O debate – neste momento da reunião, contou com uma troca ríspida de “gentilezas”. Houve o pedido de para avaliações de parte à parte, no sentido de se chegar a um patamar de debate minimamente aceitável para a renovação do Acordo Coletivo, bem como a questão da jornada de trabalho.
Após uma reflexão, durante esta pausa na reunião, a Comissão/Fenattel formulou outra proposta:
Para as Lojas:
– Como o patamar salarial é bem menor, o reajuste seria maior, 9%;
– Em todos os benefícios seria de 10%;
– Auxílio-creche extensivo aos homens;
– PPR de 1 salário;
– Auxílio-medicamento de R$ 500,00;
– Auxílio de Quebra de Caixa de 20% do salário;
– Auxílio-estacionamento;
– Tudo retroativo a 01/11/2014.
– Em relação à Jornada de Trabalho, os dirigentes sindicais pediram a igualdade de condições a partir de 01/01/2015.
E para a renovação do acordo coletivo dos trabalhadores da Oi:
– 8,5% em todos os salários;
– Em todos os benefícios aplicar-se o percentual de 10%;
– Auxílio-creche extensivo aos homens;
– Antecipação da PPR (Placar) de 1 salário;
– Antecipação do 13 salário 2015;
– Um depósito extra no tíquete para as compras natalinas;
– Pagamento de refeições nos deslocamentos;
– As horas-extras passarem a valer a partir do acionamento;
– Folga no dia do aniversário;
– Folga sem compensação de horas nos dias 24 e 31/12;
– Licença para trabalhadoras vítimas de violência doméstica;
– Abono de faltas para o caso de acompanhamento de filhos em internação médica;
– Adicional de periculosidade para os trabalhadores do GSM;
– Tudo retroativo a 01/11/2015.
Por fim, a direção da Oi não escondeu sua insatisfação com esta proposta da Comissão/Fenattel. No entanto, comprometeu-se a analisar e responder item a item na próxima reunião agendada.