A TIM armou calote na PPR de seus empregados, mas pagou MBO dos diretores e dirigentes. Como isso é possível? Por causa desta insanidade, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações – FENATTEL, deve solicitar auditoria nos resultados da empresa. O incrível é que, até dezembro/15, ia tudo bem e ela pagou a primeira parcela da PPR. O que aconteceu de lá para cá?
Enquanto todas as demais operadoras respeitam trabalhadores e seus representantes, fazendo que seus presidentes recebam sempre que necessário os dirigentes sindicais, como a Vivo mundial, a Claro-Net-Embratel, cujo presidente Sr Slim recebeu o presidente da FENATTEL no México, a OI com todos seus problemas já manteve diversas reuniões entre presidentes, a TIM, no Brasil, tem uma atitude rancorosa e pequena. Até na TIM Itália, o presidente da empresa fala com os sindicalistas. Mas, no Brasil, envia para reuniões gestores de RH sem QUALQUER AUTONOMIA e que se postam como se fossem mais católicos que o Papa. É a velha atitude de não conversar para manipular e não responder.
Após pagar o adiantamento de 1,5 salários de PPR no final de 2015 e mesmo tendo acordo assinado que a obriga a pagar, quando chega a vez dos empregados receberem a segunda parcela, ela alega, unilateralmente e sem apresentar nenhum dado real (apenas conversa mole), que seus resultados não teriam sido atingidos e quer dar um CALOTE nos que, com seu esforço, constroem sua riqueza. É o caminho do fim de qualquer empresa.
Em relação aos salários acima de R$ 4.000,00 houve um abono na data-base e foi firmado um compromisso de atualizar esses salários em abril deste ano, para que ao final da vigência deste ACT esses empregados não fossem penalizados. Agora a empresa também quer aplicar o chamado “passa moleque” em todos. Se a operadora aplicar 1% de aumento nos salários dessa faixa, o empregado vai demorar dez anos para recompor a perda de 2015. Isso é concentrar renda, retirando de quem trabalha, e transferir aos acionistas.
Espertamente, ela maquia informações e “coloca o bode na sala”, expressão que significa: “poderia ser pior”. No caso, os empregados teriam de devolver o dinheiro “recebido a mais” e, ante os protestos contra isso, ela “retira o bode”, ou seja: “ah tudo bem, vocês nem precisam devolver, mas eu não pago nada a mais”.
Curiosamente o site Infomoney publicou: TIM lucra R$ 2,07 bi em 2015, Vale desiste de joint venture e mais 6 empresas no radar. Veja mais em: http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4582830/tim-lucra-2015-vale-desiste-joint-venture-mais-empresas-radar
A TIM Brasil precisa explicar: Ela mente ao mercado ou está mentindo aos empregados?
Essa atitude não passará.
Fique atento ao seu Sindicato.
Sinttel-SC, juntos somos mais fortes!