Sindicato diz NÃO à SEREDE!

Nesta quarta-feira, 09, iniciou-se a primeira rodada de negociações do ACT 2018/2019, com a Serede. A empresa iniciou a negociação com um “tom de ironia” e se quer apresentou qualquer avanço na contraproposta na pauta de reivindicação dos trabalhadores. Por este motivo a reunião se estendeu até o período da noite, com a insistência da empresa em não apresentar ao Sindicato uma proposta digna de aceitação.

Seguem os pontos da contraproposta apresentados pela empresa:

1. Reajuste salarial: sem garantia de 100% da inflação, com a proposta de 30% do INPC sobre todas as cláusulas econômicas (salário, locações, VA, auxílio creche);
2. Plano de Saúde: a empresa quer reajustar o valor aumentando a participação do trabalhador;
3. Jornada de Trabalho: a empresa propôs alterar a jornada, que hoje é de segunda à sexta-feira, para segunda à sábado, ao meio-dia;
4. Banco de horas: a empresa propôs um banco de horas de três meses, com horas ilimitadas;
5. Garantia da Data-base: a empresa não quer formalizar a garantia da data-base, que é em 01 de maio;
6. RV (remuneração variável): a empresa não apresentou qualquer avanço;
7. PPR 2018: a empresa não apresentou qualquer avanço;
8. Premiação: a empresa propôs uma redação de pagamento de premiação nos moldes da Reforma Trabalhista (sem encargos);
9. Além de não ter qualquer avanço, a empresa propôs alterar redações das cláusulas do ACT, que irão prejudicar direitos já conquistados.

Os representantes sindicais disseram “NÃO” para a contraproposta da empresa e deixaram claro que o início dessa negociação, com certeza, deixará um clima de insatisfação aos trabalhadores, o que certamente acarretará uma possível DEFLAGRAÇÃO DE GREVE.

O Sindicato colocou em mesa as seguintes reivindicações:

1. Não irá abrir mão do reajuste de 100% da inflação dentro da data-base, em 01 de maio, com índice de ganho real para reposição de perdas;
2. Sobre o VA o Sindicato está mantendo o valor da pauta que é de R$35,60, sendo 1% de participação do trabalhador e os outros 99% custeados pela empresa, por isso, solicitamos um 13º VA “bônus natal” e mais 5 tickets como cesta básica mensal;
3. Reajuste Locação: o Sindicato está mantendo os valores de pauta e a liberação de carros utilitários para os trabalhadores que atuam nos seguintes setores: multifuncional, TUP, DTH, CABO. O Sindicato deixou claro que devido à imensa quantidade de material carregado nos carros desses trabalhadores não há como utilizar veículos leves para o exercício das atividades;
4. Reclassificação dos técnicos de mono para multiskill;
5. Enquadramento salarial de todos os Gestores de Santa Catarina, com adequação dos pisos de GA1 e GA2;
6. PPR: o Sindicato está mantendo o pedido da pauta, que seja pactuado o recebimento mínimo de três salários nominais de cada trabalhador;
7. RV: o Sindicato colocou em mesa de negociação que é necessário que seja revisto a remuneração dos técnicos de TUP, DTH, VELOX, DADOS, CABO (manutenção, operação click e engenharia) e valores para execução do kit FE, pois os valores praticados hoje são desumanos.
8. Incentivo à formação e qualificação: o Sindicato solicitou à empresa a realização de cursos de formação e qualificação para os trabalhadores da Serede, sendo ministrados por parceiros do Sinttel-SC, custeados pela empresa;
9. Ausências justificadas: o Sindicato está reivindicando a liberação do trabalhador (a) sempre que necessário em caso de acompanhamento, consultas e internação hospitalar do espesso (a), companheiro (a) ou filho de até 14 anos, sem qualquer prejuízo financeiro;
10. Proteção e Segurança no Trabalho: o Sindicato solicitou que a empresa forneça protetor solar para cada trabalhador;
11. Contribuição Sindical: o Sinttel-SC cobrou em mesa de negociação que a empresa venha a respeitar a decisão soberana da assembleia, realizada em fevereiro de 2018, especificamente a este tema em que foi deliberado e aprovado o recolhimento da contribuição sindical dos associados e não associados. O Sindicato deixou claro que esta atitude da empresa é vergonhosa, desrespeitosa, inadmissível e que só causará mais transtornos à relação entre a empresa e a instituição sindical.

Além destes itens apontados, o Sindicato não irá aceitar nenhum retrocesso ou retirada de direitos já conquistados. Os representantes sindicais também deixaram claro que na próxima rodada de negociações, que acontecerá em 17 e 18 de maio, se a empresa não apresentar avanços e melhorias na contraproposta, o Sinttel-SC convocará todos os trabalhadores para deliberação e deflagração da GREVE, para que a empresa possa entender o recado da categoria. O Sinttel-SC e o Sinttel-RS estão juntos nesta luta contra a precarização.

Filie-se ao seu Sindicato, juntos somos mais fortes!