Os representantes da empresa vieram para a reunião de renovação do Acordo Coletivo com as garras afiadas. O encontro ocorreu em 13 de setembro, em São Paulo.
A Vivo divulga excelentes resultados. O lucro líquido foi de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre, mas, os ÚNICOS BENEFICIADOS com este resultado, pelo jeito, serão os acionistas. Já os trabalhadores, que são os responsáveis diretos pela produção dessa riqueza, a proposta é precarizar, precarizar e precarizar.
A empresa aproveitou as regras da reforma trabalhista e apresentou uma proposta que é um verdadeiro insulto aos trabalhadores, que foi rechaçada pelo Sindicato:
Plano Médico: a Vivo quer que o trabalhador PAGUE MAIS pelo plano de saúde.
– consultas e exames simples: aumentar a coparticipação de 20% para 35%;
– terapias: aumentar a coparticipação de 10% para 20%;
– Hoje a Vivo só pode cobrar exames simples até o limite de R$ 250. A proposta da empresa é retirar este limitador para que possa cobrar qualquer valor.
– Para os trabalhadores que pagam 1,5% do salário com direito a lei 9.656, a proposta da empresa é aumentar para 2,5%.
– Quitação anual do contrato de trabalho: o trabalhador deverá assinar um documento informando que a empresa não deve nada para ele daquela data para trás.
– Fim da homologação no sindicato: o trabalhador não terá um especialista do Sinttel-SC para conferir a sua rescisão.
– Trabalho intermitente: trocar trabalhadores que recebem mensalmente por trabalhadores que receberão por horas trabalhadas.
– Banco de horas de 180 dias: pagar hora extra após seis meses da data em que ela foi feita.
– Jornada 12 x 36: a Vivo quer implantar essa nova escala em alguns setores.
– Parcelamento de férias em três vezes: atenção! Será a empresa que decidirá e não o trabalhador.
– Reajuste salarial: em agosto/2019: 3%
– Pagamento de abono: 36% do salário nominal
– Auxílio Alimentação, cesta básica e demais benefícios em maio/2019: 3,50%
– Locação de veículo: ZERO de reajuste e manter somente até agosto/2019
Essa proposta precarizadora foi recusada de pronto na mesa de negociação. Deixamos claro que não condiz com a realidade da maior operadora do Brasil e que os trabalhadores merecem respeito e reconhecimento pelo excelente resultado que têm apresentado no decorrer do ano.
A próxima reunião está agendada para 27 de setembro/2018.
File-se ao seu Sindicato, junto somos mais fortes!