Nesta quarta-feira, (01/09) os representantes da FENATTEL, Rogério Soares e Lauro Benedite de Siqueira, estiveram reunidos na sede da Operadora OI na cidade do RJ com o Presidente da empresa, Rodrigo Abreu e com o Diretor de Gente e Gestão, Marcos Mendes. A reunião já era um compromisso assumido pela empresa com a FENATTEL e de início teve como pauta a reestruturação da empresa, os rumores de desligamento e o baixíssimo número do Placar 2021.

 Com relação à reestruturação, o presidente deixou claro as dificuldades do cenário econômico que não tem permitido uma maior retomada da demanda e por conseguinte, retração na receita, e que o maior problema hoje está mais relacionado a custos, que pararam de cair e até aumentaram em relação ao ano passado. De toda forma, os processos de alienação dos ativos estão praticamente concluídos e será possível que no início de 2022 a nova Oi esteja nos trilhos. Ele antevê uma nova empresa com metade do faturamento anterior e também com metade do tamanho, ainda assim uma empresa de porte expressivo. Mas, também deixou claro que haverá corte de pessoal neste início do mês setembro e também para o próximo ano de 2022.

A empresa originalmente apresentou que estaria desligando aproximadamente 1650 postos de trabalho em todo o país e em todos os níveis. Ao final o número ficou em 800 postos de trabalho que serão desligados até o final do ano de 2021.

O Presidente Rodrigo Abreu esclareceu que a virada de chave para a V.Tal (a antiga Infra Co.) Irá começar entre o mês de dezembro deste ano e janeiro de 2022 em que o corpo operacional Irá andar com as próprias pernas e reafirmou que a Serede está 100% nos planos e que não enxerga nenhuma razão para vendê-la (pelo contrário, até será mais fortalecida) e com novos projetos de atuação em outras áreas.

Os representantes da FENATTEL deixaram claro ser contrários a qualquer processo de demissão e principalmente neste momento tão difícil em que o país vem atravessando com o aumento do desemprego e as dificuldades apresentadas pela pandemia em que tem aumento também o número de trabalhadores atuando na informalidade.

 A Fenattel reivindicou  que seja garantido aos trabalhadores que migrarem para a V.Tal as mesmas condições de remuneração e de negociação coletiva dos trabalhadores da Oi por 2 anos e a continuidade da Fundação Atlântico sem qualquer risco de migrações para outros planos. A garantia para este ano atípico de não atingimento das metas um pagamento de 2 salários do Placar. Por fim, implantar imediatamente uma ajuda de custo home office e a abertura do processo de negociação do Acordo Coletivo de 2021.

Os representantes sindicais expressaram a importância de discutir com a empresa OI um Pacote de Proteção Social nos mesmos moldes do último que ocorreu em novembro de 2020 e com isso buscando a garantir alguns benefícios a estes 800 trabalhadores que vierem a ser desligados a partir deste mês de setembro em função da reestruturação organizacional.

Após algumas discussões, a empresa apresentou uma  contraproposta inferior ao programa do ano passado, alegando algumas dificuldades para poder atender ao pleito laboral, mesmo assim os representantes da FENATTEL rejeitaram a contraproposta da empresa e mantiveram o pleito. Por fim, a empresa compreendeu a insistência do pleito laboral e concordou em manter o mesmo programa de Proteção Social do ano passado.