A terceira rodada de negociação, realizada ontem, 14/02, ainda não foi suficiente para suplantar o impasse do índice de reajuste do Piso Salarial Estadual em 2023. O SINTTEL-SC foi representado pelos diretores Sérgio Diniz, e Gisele Bethien, junto a eles os dos trabalhadores seguem firmes na reivindicação da recuperação da inflação mais ganho real. A negociação tomou toda a tarde, com várias contrapropostas do lado dos trabalhadores e dos empresários, mas os números continuaram distantes da possibilidade de um acordo. Sendo assim, uma nova rodada foi marcada para o dia 23/02, às 13h30, na sede da FIESC, em Florianópolis.
O pedido que o movimento sindical está fazendo, de 5% de ganho real, é bastante razoável e talvez nunca tenha estado tão viável, nesses anos todos de negociação dos pisos.
O economista e técnico do DIEESE-SC Maurício Mulinari, afirma que: “É possível defender uma proposta que de fato valorize o salário dos trabalhadores catarinenses, através do piso mínimo regional, por conta de alguns fatores importantes: o primeiro, um novo momento da política econômica nacional, que aponta e sugere reajustes superiores, consideravelmente, à inflação, que aparece já na política do salário mínimo nacional e, para além do reajuste que levou o salário mínimo para R$ 1.302,00 agora no início do ano, tem uma estimativa de crescimento maior ainda a partir de 1º de maio, este é um primeiro dado importante; e o segundo dado é uma perda acumulada histórica dos trabalhadores, que já vem há vários anos, que deve ser compensada, especialmente os últimos quatro anos de governo Bolsonaro, com uma política de compressão salarial; além do fato de que salário em crescimento significa maior dinamismo da economia brasileira, inclusive com maior salário, maior capacidade de crescimento industrial, crescimento das vendas, do comércio, do setor de serviços, de toda a engrenagem da economia brasileira e catarinense”.
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