Trabalhadores rejeitam indecência!
A Categoria rejeitou em todo o Brasil a proposta da GVT para o novo Acordo Coletivo de Trabalho!
Apesar da Empresa ter jogado pesado sobre os trabalhadores, aplicando pressão e tentando passar goela abaixo a proposta ruim que apresentaram, os trabalhadores decidiram pela rejeição de forma clara.
A Comissão Nacional de Negociação da Fenattel – da qual faz parte o Sinttel-SC, está formalizando a comunicação do resultado (veja no detalhe) e exige que a GVT volte à mesa para rever sua posição, em especial sobre as condições que fere a legislação, como a da falta de isonomia entre empregados que fazem as mesmas funções.
A Comissão/Fenattel rejeita, além da proposta indecente para Acordo, o comportamento e os atos antissindicais da GVT que coíbe a sindicalização e persegue dirigentes e delegados de base. Chega de deste desrespeito!
Diante de tais pendências relacionadas aqui, a Comissão/Fenattel está orientando que os Sindicatos formalizem denuncias no Ministério Público do Trabalho nas SRTs do Ministério do Trabalho.
A GVT – da multinacional francesa VIVENDI – precisa aprender a respeitar os trabalhadores e suas entidades sindicais. Esta denúncia de conduta antissindical também foi encaminhada à UNI (Sindicato Global) que irá pressionar a matriz da multinacional. Afinal, aqui no Brasil não somos nenhuma das ex-colônias francesas na África e América do Sul.
Ou tratam o Acordo com respeito e bom senso, ou não tem negócio!
Confira, aqui, o que está pendente para que a negociação avance:
• Acabar com a forma de aplicação do índice de reajuste proporcional à data de admissão, o que implica em um tratamento diferenciado entre os empregados.
• Que a empresa negocie de forma transparente o PIV (programa de incentivos variáveis). Hoje a empresa manipula da forma que quer, tirando assim a possibilidade de pagamento aos trabalhadores;
• Extensão do benefício cesta básica a todos os trabalhadores da GVT conforme reivindicação da Fenattel/Sindicatos. Hoje este benefício é praticado para um pequeno número de trabalhadores na empresa no valor de R$ 250,00 e a comissão reivindica este beneficio a todos os trabalhadores;
• Negociação do Plano “esperto” Inteligente, cuja possibilidade flexível existente não reajusta os benefícios conforme reivindicam os trabalhadores. Por exemplo: vale refeição, cesta básica, convenio médico, onde a empresa decide qual plano de saúde será liberado para cada cargo, muitas vezes indicando “sutilmente” o caminho do SUS (sistema único de Saúde) do estado;
• Aplicar o reajuste no aluguel e manutenção de carros. Em algumas localidades onde a empresa paga o aluguel de carros, o reajuste é fundamental para a sobrevivência dos trabalhadores, os gastos relativos à manutenção de carros, cresceram assustadoramente no ultimo período. A Empresa oferece reajuste ZERO.
• Adoção de um piso salarial conforme reivindicação dos trabalhadores. A empresa continua a praticar pisos inferiores as CCT Estadual/Nacional para o pessoal de rede externa, posição esta inaceitável para uma operadora;
• Basta de Terceirizações: na mesa de negociação a empresa nega que esteja terceirizando, porém, o que vemos na pratica é um processo acelerado de terceirização, inclusive com empresas de propriedade de gestores da empresa GVT;
• Fim do Banco de horas irregular, que a empresa pratica contra a vontade dos sindicatos, mantendo esta forma absurda de exploração;
• Além destes pontos, o que ficou patente no debate interno da comissão foi a atitude antissindical praticada pela empresa no decorrer dos últimos dias, demitindo representante sindical, boicotando a presença dos sindicatos na empresa para falar com os trabalhadores, além de demitir trabalhadores que se aproximaram do sindicato no sentido de efetuar reclamações quanto aos acontecimentos relatados acima sobre PIV, Plano “esperto” Inteligente e outros que foram relatados em todo os estados que a empresa opera.