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Mais uma “reestruturação” na Oi

Representantes da Comissão nacional de Negociações da Fenattel reuniram-se, nesta quinta-feira (05), com a diretoria Oi, na sede da empresa no Rio de Janeiro. Após a reunião, as demissões em massa ficaram confirmadas.  A Fenattel cobrou uma posição oficial sobre o processo de reestruturação organizacional. A reunião começou com uma apresentação dos resultados da empresa em 2015, com ênfase nas dificuldades financeiras, exemplificadas no mega prejuízo de R$ 5.3 bilhões e no rebaixamento das ações da empresa para um valor inferior a R$ 1 na Bolsa de Valores, além de um endividamento na ordem de R$ 55 bilhões . Também foram passadas as prioridades do Plano de Recuperação 2016-2018, cujos focos são Convergência e Digitalização, visando aumentar a base de clientes e a renegociação da enorme dívida junto aos bancos credores. A diretoria oficializou que um processo de reestruturação organizacional está em fase final de elaboração e que dentre vários outros cortes de custos, também haveria corte de pessoal. A Fenattel e seus sindicatos filiados são contrários a qualquer processo de reestruturação que traga impacto negativo na empregabilidade e que esta forma simplista de resolver os problemas da empresa não poderia dar certo. A Fenattel fez questão de afirmar que os erros na gestão da companhia eram de responsabilidade única e exclusiva dos acionistas e de seus executivos. “Eles é que levaram a Oi a esta situação precária com uma gestão equivocada, marcada por erros e mais erros. E que não podemos aceitar que os trabalhadores venham a pagar pelos pecados que não são seus, muito pelo contrário, se a empresa ainda está de pé, isto se deve à dedicação e à qualidade de seus milhares de trabalhadores!”

Os dirigentes da empresa informaram que neste momento não tem como viabilizar a reestruturação organizacional SEM A REDUÇÃO NO QUADRO DE EMPREGADOS (de 15% na média, mas variável estado a estado) e apresentaram uma proposta de condições excepcionais para a dispensa de empregados em função desta reorganização, a qual teria a validade para este mês de maio e compreenderia os empregados do grupo em todo o país (Oi S/A, Telemar Norte Leste, Brasil Telecom Multimídia e Oi Móvel):

1) manutenção da assistência médica por 4 meses; 2) manutenção do plano odontológico por 4 meses; 3) extensão do seguro de vida por 4 meses; 4) extensão do auxílio-creche por 3 meses e 5) parcela financeira de 0,20 salário por ano trabalhado, limitado a 4 salários.

Após um intervalo para debater outras possibilidades para este cenário tão adverso e, mesmo com total contrariedade, a Fenattel entendeu por unanimidade que, como infelizmente não havia como impedir as demissões, melhor seria fazer uma contraproposta, pois com isto estariam impondo um ônus à empresa e proporcionando uma condição superior à lei aos trabalhadores que venham a ser atingidos. Assim, a contraproposta foi a seguinte:

1)manutenção do atual acordo coletivo de trabalho até 31/12/2016 para todos os que venham a ser atingidos pela reestruturação (tíquete, creche, plano de saúde, plano odonto, aluguel de veículo); 2) parcela financeira de meio salário por ano trabalhado, limitado a dez salários).

Os representantes da empresa concordaram parcialmente com a ideia apresentada pela Fenattel. Toparam a extensão até o final do ano do auxílio-creche e do seguro. Aumentaram a extensão do plano de saúde para 6 meses. Com relação ao tíquete e ao carro alugado, concordaram em não efetuar o desconto do valor de maio e aumentaram o valor da parcela financeira para 0,25 por ano trabalhado limitado a 5 salários.

Após mais diversas discussões, a Fenattel insistiu na proposta anterior, mas os dirigentes da Oi informaram que devido a situação da companhia não haveria possibilidade de atender na totalidade o pleito da Fenattel e dos sindicatos e formalizaram uma proposta limite para o chamado Plano de Proteção Social:

1)vigência neste mês de maio; 2)assistência médica/hospitalar/odonto por 6 meses além do que já existe no acordo coletivo de trabalho; 3)manutenção do seguro de vida e do auxílio-creche até 31/12/2016; 4)parcela financeira de 0,30 salários por ano trabalhado com limite de 6 salários, além das condições existentes no acordo coletivo de trabalho; 5)será garantido o pagamento do aluguel do veículo no mês de maio; 6) será garantido o pagamento do tíquete refeição/alimentação no mês de maio; 7)os trabalhadores que vierem a ser demitidos farão parte de um cadastro e participarão de processos futuros de seleção na própria Oi ou em suas coligadas/parceiras.

Sendo assim, mesmo com a tentativa de negociação por parte da Fenattel, infelizmente, a Oi realizará demissões em massa no que tange as empresas em todo o País.

Fique atento ao seu Sindicato.

Sinttel-SC, juntos somos mais fortes!

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